Em um leilão realizado nesta segunda-feira (14), as operadoras Tim, Claro e Vivo compraram a unidade de telefonia móvel da Oi. A aquisição custou R$ 16,563 bilhões. Na prática, isso significa que 33,7 milhões de clientes de telefonia móvel da Oi serão transferidos para uma das outras três operadoras.
Segundo apurou o jornal O Globo, a transferência da carteira de clientes deve acabar entre o final de 2021 e o início de 2022. Os detalhes ainda estão sendo definidos pelas empresas.
O leilão virtual, realizado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, durou apenas 30 minutos. Não houve nenhuma outra proposta além da realizada por TIM, Claro e Vivo. Ao longo de 2020, havia a expectativa de que a Highline também entrasse na disputa, já que a empresa chegou a ter um contrato de exclusividade com a Oi para a realização do negócio e até fez uma oferta pela operação. A empresa, porém, decidiu concentrar seus esforços na compra da rede de fibra óptica da Oi.
A operação entre Tim, Claro, Vivo e Oi teve parecer positivo do juiz Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial da Justiça, e também do Ministério Público. Agora, o negócio precisa ser referendado pelo Cade e aprovado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Oi entrou em recuperação judicial em 2016
A venda da operação de telefonia móvel é parte do processo de recuperação judicial da Oi. Em 2016, quando o processo começou, a tele possuía R$ 64 bilhões em dívidas. Mesmo tendo renegociado a metade do montante, a operadora teve que vender a operação para se sustentar.
Ainda que a compra envolva a repartição dos clientes da Oi entre Tim, Claro e Vivo, a venda, se confirmada, deve provocar a maior concentração de mercado no setor de telefonia móvel em 15 anos.
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