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Após o ataque do Irã, neste final de semana, a uma base militar americana no Catar, o conflito com Israel entrou em um novo estágio. Ainda que a ofensiva, ao que indica, tenha sido simbólica, especialmente por Teerã ter avisado os EUA do ato e os americanos terem se antecipado com defesas antiaéreas, os desdobramentos permanecem incertos.
Mesmo distante do conflito, o Brasil, através do Itamaraty, emitiu uma nota, na prática assumindo um lado no conflito. O órgão condenou os ataques de Israel e dos Estados Unidos, mas ficou silente diante dos ataque iranianos. O diplomata Celso Amorim chegou a afirmar que a ordem mundial "acabou", e que cabe ao bloco de países que forma os BRICS construir uma nova correlação de forças. Desde janeiro do ano passado o Irã também participa dos BRICS, cujos expoentes são China e Rússia. Novamente, a postura diplomática brasileira parece se distanciar do bloco ocidental e se aproximar daquela das ditaduras.
Este será o ponto de partida do programa Última Análise desta segunda-feira (23), que começa às 19h e conta com a participação de Guilherme Kilter, Deltan Dallagnol, André Marsiglia, além do convidado, ex-juiz de Direito e professor, Adriano Soares da Costa.
OAB quer a reforma do Judiciário
A OAB-SP anunciou a criação de uma comissão de reforma do Judiciário, que deve realizar estudos sobre vários temas. A ação deverá incluir questões como as regras de julgamento virtual, o foro privilegiado, os mandatos para ministros do STF, as decisões monocráticas, bem como regras mais claras para que um magistrado se declare impedido ou suspeito. Ainda, os "penduricalhos" que turbinam os salários devem entrar em pauta.
A iniciativa poderá resultar em uma proposta de lei para o Congresso Nacional, ano que vem, exatamente nas eleições presidenciais, em que o protagonismo do STF deverá se acentuar. Se, por um lado, a proposta traz bons anseios para o controle de um órgão que não encontra limites, por outro há o ceticismo de que os ministros poderão barrar a iniciativa.