O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou ter conversado com integrantes do governo dos Estados Unidos sobre possíveis sanções a autoridades brasileiras. Ele prestou depoimento à Polícia Federal no inquérito que investiga o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por articular restrições ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nos EUA.
Bolsonaro afirmou que não tratou sobre o tema nem mesmo com o “filho 03”, mas admitiu que teve uma conversa “reservada” com o conselheiro do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos EUA, Ricardo Pita, há um mês. Na ocasião, Eduardo afirmou nas redes sociais que o pai discutiu as “ameaças urgentes à democracia” do Brasil com Pita.
“INDAGADO como ocorreram os contatos com parlamentares e/ou membros do governo norte-americano para tratar de temas relacionados ao STF e as eleições de 2022, respondeu QUE não fez nenhum contato com autoridades americanas a respeito de sanções a autoridades brasileiras, como Ministros do Supremo Tribunal Federal, Procuradoria Geral da República ou integrantes da Polícia Federal”, disse Bolsonaro, segundo o termo com a transcrição do depoimento.
Bolsonaro defende atuação do filho nos EUA
O ex-presidente também afirmou que o inquérito contra seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), é uma “perseguição continuada”. O ex-mandatário disse ter enviado R$ 2 milhões para bancar a permanência de Eduardo nos Estados Unidos. O interrogatório começou por volta das 15h e durou cerca de duas horas.
“Lá atrás, eu não fiz campanha, mas foi depositado na minha conta R$ 17 milhões. Eu botei R$ 2 milhões na conta dele. Lá fora tudo é mais caro, eu tenho dois netos e ele tá lá fora, eu não quero que ele passe por dificuldades”, afirmou o ex-presidente a jornalistas após a oitiva. Ele fez referência às doações que recebeu de apoiadores via Pix.
“É muito? É bastante dinheiro, nos Estados Unidos pode não ser tanto, são US$ 350 mil, mas eu quero o bem estar dele. Graças a Deus eu tive como depositar esse dinheiro na conta dele”, acrescentou. Eduardo é investigado por articular sanções a autoridades brasileiras com o governo de Donald Trump, principalmente contra o ministro Alexandre de Moraes. Bolsonaro defendeu a conduta de Eduardo no exterior.
Trump Media processa Moraes nos EUA e exige responsabilização por censura
A Trump Media, empresa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a plataforma de vídeos Rumble entraram nesta sexta-feira (6) com um novo processo na Justiça Federal da Flórida contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Nesta nova ação, que integra o processo de fevereiro, as empresas acusam novamente Moraes de impor censura a companhias dos EUA e de tentar aplicar decisões do STF contra plataformas que operam em solo americano. A ação é baseada nas ordens de Moraes que determinaram o bloqueio de contas de críticos do governo brasileiro que residem atualmente nos EUA, como o jornalista Allan dos Santos.
O processo detalha que, por meio de decisões judiciais sigilosas, Moraes exigiu o bloqueio e a retirada de conteúdos de usuários brasileiros que hoje vivem nos Estados Unidos, mesmo quando as publicações são protegidas pela Constituição americana.
Segundo Trump Media e a Rumble, tais ordens, que elas classificam como "censura", têm o objetivo de “silenciar o discurso político legítimo nos Estados Unidos, minando proteções fundamentais garantidas pela Primeira Emenda” e violando a legislação americana sobre liberdade de expressão. As empresas alertam no processo que “permitir que Moraes silencie um usuário em uma plataforma digital americana colocaria em risco o compromisso histórico dos EUA com o debate aberto e robusto”.
Lula, Janja e casal Macron tiram selfie com Torre Eiffel iluminada de verde e amarelo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encerrou o primeiro dia da agenda oficial em Paris ao lado de Emmanuel Macron, com uma visita à Torre Eiffel iluminada com as cores verde e amarela.
Em nota, o Palácio do Planalto disse se tratar de “uma homenagem especial ao Brasil no principal cartão postal do país europeu”. As primeiras-damas da França, Brigitte Macron, e do Brasil, Janja da Silva, também posaram para fotos.
“Esta noite a Torre Eiffel veste as cores do Brasil”, disse Lula nas redes sociais. Macron divulgou a selfie em suas redes sociais com as bandeiras do Brasil e da França lado a lado na legenda
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