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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), exonerou nesta quinta-feira (30) o capitão da Polícia Militar (PM) Raphael Alves Mendonça. Lotado na Assessoria Militar do Gabinete do prefeito, ele era responsável pela segurança de Nunes e a família dele. O Ministério Público investiga Mendonça por suspeita de vazar informações para a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Mendonça já chefiou o setor de inteligência da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), uma das unidades mais estratégicas da Polícia Militar de São Paulo. Em manifestação pública, a gestão de Ricardo Nunes falou sobre a exoneração do profissional suspeito de relações com o PCC, esclarecendo que ele trabalhou na Assessoria Policial Militar da prefeitura de junho de 2024 a janeiro de 2025 "em funções administrativas e, eventualmente, na escolta do prefeito. A seleção e movimentação desses profissionais são de responsabilidade da PM.”
A exoneração foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira. Com isso, Mendonça perde a gratificação salarial pelo trabalho na assessoria militar de Nunes. Apesar da investigação, ele segue integrando o quadro da PM.
O capitão não é investigado pelo homicídio do homem que ficou conhecido como delator do PCC, Vinícius Gritzbach, ocorrido em 8 de novembro no aeroporto de Guarulhos. O nome dele aparece em uma denúncia anônima de março do ano passado, que o acusa de repassar informações à facção. A mesma denúncia levou à apuração do homicídio de Gritzbach.
Sobre o caso, a Secretaria da Segurança Pública do estado de São Paulo informou que "as investigações seguem em andamento".
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