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O ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, sinalizou nesta terça (11) que o PSD seguirá na base governista para a campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. Ele apontou, ainda, que a governadora pernambucana Raquel Lyra (PSD-PE) subirá ao palanque do petista junto de todos os ministros.
Lyra se filiou ao PSD nesta semana após meses de divergência com o PSDB, que faz oposição a Lula desde o início deste terceiro mandato, e, diversas vezes, se disse alinhada com o governo federal.
“[Raquel] Lyra faz parte do palanque da vitória de Lula na reeleição, e todos os ministros estarão ao lado dela”, disse Silveira a jornalistas durante a cerimônia de filiação de Lyra.
Silveira é um dos principais líderes nacionais do PSD e um dos três ministros do partido na Esplanada. A permanência da legenda no governo vem sendo discutida nos bastidores e deve ganhar mais espaço para não deixar o apoio a Lula.
Desde o ano passado, a articulação política do governo – feita até então pelo ministro Alexandre Padilha – pretende abrir mais espaço a partidos do centrão após o bom desempenho nas eleições municipais. O PSD foi o mais vitorioso, com 887 prefeituras.
Apesar de Silveira sinalizar a permanência do PSD na base governista, o partido tem o governador paranaense Ratinho Jr. (PSD-PR) como possível candidato ao Planalto, que já vem sendo sondado em pesquisas de opinião.
Embora Silveira sinalize que o partido deve apoiar a reeleição de Lula, o presidente tem desconversado quando questionado sobre disputar um quarto mandato. Ele não crava que será candidato e diz que não pensa em eleição, e que o objetivo agora é entregar as promessas de campanha que começou a implementar ao longo dos dois primeiros anos de governo.
Por outro lado, lideranças do PT são categóricas na reeleição de Lula. O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) afirmou recentemente que o partido não tem um “plano B”.
“Nunca cogitamos outro plano senão o Lula presidente novamente. O campo democrático, que não é o campo da esquerda, sem o Lula, não chega na esquina. Eventual sucessão de Lula? A gente pensa para 2030. Agora, não há plano B”, afirmou no começo de fevereiro.
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