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Governo

Com saída de Cida Gonçalves, Lula acumula 12 trocas de ministros

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião com ministros do governo federal no Palácio da Alvorada. (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou nesta segunda-feira (5) a 12ª troca de ministro em seu governo. Dessa vez, foi a ministra da Mulher, Cida Gonçalves, que foi substituída por Márcia Lopes, também filiada ao PT. 

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A maioria das trocas tem sido para contemplar o seu partido ou atender partidos da base governista, além de fatores como busca por maior governabilidade, escândalos, reposicionamento político e desempenho técnico.

Somente neste ano, já foram quatro trocas em Ministérios ou Secretarias do governo,  sendo a primeira com a entrega da Secretaria de Relações Institucionais para a Gleisi Hoffmann. 

A troca mais recente ocorreu no Ministério da Previdência, após a revelação de fraudes bilionárias em aposentadoria. O ex-ministro Carlos Lupi pediu demissão do cargo, na última sexta-feira (2), e o presidente Lula indicou o ex-deputado federal Wolney Queiroz, que era o secretário-executivo da Previdência. Ele é o número 2 da pasta e teve o nome defendido pela cúpula do PDT para suceder Lupi.

Com a enorme troca das cadeiras na Esplanada dos Ministérios, parlamentares da oposição avaliam que a reforma administrativa poderá ser destravada no Congresso Nacional. A pauta permanece em estágio de discussão, sem avanços significativos e enfrenta a resistência de governistas.

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Veja quais foram as trocas de ministros até maio de 2025:

2023

  • Ministério do Turismo
  • Saiu: Daniela Carneiro
  • Entrou: Celso Sabino
  • Motivo: Pressões políticas após desfiliação do União Brasil e busca por maior apoio no Congresso.

  • Ministério do Esporte
  • Saiu: Ana Moser
  • Entrou: André Fufuca
  • Motivo: Reforma ministerial visando ampliar base aliada no Congresso.

  • Ministério de Portos e Aeroportos
  • Saiu: Márcio França
  • Entrou: Silvio Costa Filho
  • Motivo: Reforma ministerial para fortalecer alianças políticas; França assumiu nova pasta.

  • Ministério de Micro e Pequenas Empresas (nova pasta)
  • Entrou: Márcio França
  • Motivo: Criação da pasta para acomodar Márcio França após saída de Portos e Aeroportos.

  • Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
  • Saiu: Gonçalves Dias
  • Entrou: Marcos Antonio Amaro dos Santos
  • Motivo: Crise após divulgação de imagens da atuação do GSI durante os ataques de 8 de janeiro.

2024

  • Ministério da Justiça e Segurança Pública
  • Saiu: Flávio Dino
  • Entrou: Ricardo Lewandowski
  • Motivo: Dino indicado ao STF; Lewandowski assumiu a pasta em janeiro de 2024.

  • Ministério dos Direitos Humanos
  • Saiu: Silvio Almeida
  • Entrou: Macaé Evaristo
  • Motivo: Exoneração após denúncias de assédio sexual contra o ministro.

  • Secretaria de Comunicação Social
  • Saiu: Paulo Pimenta
  • Entrou: Sidônio Palmeira
  • Motivo: Pimenta transferido para secretaria extraordinária de apoio à reconstrução do RS; Sidônio assumiu em janeiro de 2025.

2025

  • Ministério da Saúde
  • Saiu: Nísia Trindade
  • Entrou: Alexandre Padilha
  • Motivo: Pressões por maior alinhamento político e entregas consideradas prioritárias pelo presidente.

  • Secretaria de Relações Institucionais
  • Saiu: Alexandre Padilha
  • Entrou: Gleisi Hoffmann
  • Motivo: Padilha transferido para o Ministério da Saúde; Gleisi assumiu a pasta.

  • Ministério das Mulheres
  • Saiu: Cida Gonçalves
  • Entrou: Márcia Lopes
  • Motivo: Substituição ocorrida em maio de 2025; motivos não especificados.

  • Ministério da Previdência Social
  • Saiu: Carlos Lupi
  • Entrou: Wolney Queiroz
  • Motivo: Lupi pediu demissão por pressão política, após a Polícia Federal revelar fraudes bilionárias no INSS.

  • Ministério das Comunicações
  • Saiu: Juscelino Filho
  • Entrou: Pedro Lucas Fernandes
  • Motivo: Juscelino Filho solicitou demissão após ser denunciado por supostos desvios em emendas parlamentares quando era deputado federal. Pedro Lucas Fernandes foi indicado pelo União Brasil para assumir a pasta.

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