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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou nesta segunda-feira (5) a 12ª troca de ministro em seu governo. Dessa vez, foi a ministra da Mulher, Cida Gonçalves, que foi substituída por Márcia Lopes, também filiada ao PT.
A maioria das trocas tem sido para contemplar o seu partido ou atender partidos da base governista, além de fatores como busca por maior governabilidade, escândalos, reposicionamento político e desempenho técnico.
Somente neste ano, já foram quatro trocas em Ministérios ou Secretarias do governo, sendo a primeira com a entrega da Secretaria de Relações Institucionais para a Gleisi Hoffmann.
A troca mais recente ocorreu no Ministério da Previdência, após a revelação de fraudes bilionárias em aposentadoria. O ex-ministro Carlos Lupi pediu demissão do cargo, na última sexta-feira (2), e o presidente Lula indicou o ex-deputado federal Wolney Queiroz, que era o secretário-executivo da Previdência. Ele é o número 2 da pasta e teve o nome defendido pela cúpula do PDT para suceder Lupi.
Com a enorme troca das cadeiras na Esplanada dos Ministérios, parlamentares da oposição avaliam que a reforma administrativa poderá ser destravada no Congresso Nacional. A pauta permanece em estágio de discussão, sem avanços significativos e enfrenta a resistência de governistas.
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Veja quais foram as trocas de ministros até maio de 2025:
2023
- Ministério do Turismo
- Saiu: Daniela Carneiro
- Entrou: Celso Sabino
- Motivo: Pressões políticas após desfiliação do União Brasil e busca por maior apoio no Congresso.
- Ministério do Esporte
- Saiu: Ana Moser
- Entrou: André Fufuca
- Motivo: Reforma ministerial visando ampliar base aliada no Congresso.
- Ministério de Portos e Aeroportos
- Saiu: Márcio França
- Entrou: Silvio Costa Filho
- Motivo: Reforma ministerial para fortalecer alianças políticas; França assumiu nova pasta.
- Ministério de Micro e Pequenas Empresas (nova pasta)
- Entrou: Márcio França
- Motivo: Criação da pasta para acomodar Márcio França após saída de Portos e Aeroportos.
- Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
- Saiu: Gonçalves Dias
- Entrou: Marcos Antonio Amaro dos Santos
- Motivo: Crise após divulgação de imagens da atuação do GSI durante os ataques de 8 de janeiro.
2024
- Ministério da Justiça e Segurança Pública
- Saiu: Flávio Dino
- Entrou: Ricardo Lewandowski
- Motivo: Dino indicado ao STF; Lewandowski assumiu a pasta em janeiro de 2024.
- Ministério dos Direitos Humanos
- Saiu: Silvio Almeida
- Entrou: Macaé Evaristo
- Motivo: Exoneração após denúncias de assédio sexual contra o ministro.
- Secretaria de Comunicação Social
- Saiu: Paulo Pimenta
- Entrou: Sidônio Palmeira
- Motivo: Pimenta transferido para secretaria extraordinária de apoio à reconstrução do RS; Sidônio assumiu em janeiro de 2025.
2025
- Ministério da Saúde
- Saiu: Nísia Trindade
- Entrou: Alexandre Padilha
- Motivo: Pressões por maior alinhamento político e entregas consideradas prioritárias pelo presidente.
- Secretaria de Relações Institucionais
- Saiu: Alexandre Padilha
- Entrou: Gleisi Hoffmann
- Motivo: Padilha transferido para o Ministério da Saúde; Gleisi assumiu a pasta.
- Ministério das Mulheres
- Saiu: Cida Gonçalves
- Entrou: Márcia Lopes
- Motivo: Substituição ocorrida em maio de 2025; motivos não especificados.
- Ministério da Previdência Social
- Saiu: Carlos Lupi
- Entrou: Wolney Queiroz
- Motivo: Lupi pediu demissão por pressão política, após a Polícia Federal revelar fraudes bilionárias no INSS.
- Ministério das Comunicações
- Saiu: Juscelino Filho
- Entrou: Pedro Lucas Fernandes
- Motivo: Juscelino Filho solicitou demissão após ser denunciado por supostos desvios em emendas parlamentares quando era deputado federal. Pedro Lucas Fernandes foi indicado pelo União Brasil para assumir a pasta.