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O recente escândalo de corrupção no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), desvendado pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (23), repercutiu entre os parlamentares da oposição. O desvio de mais de R$ 6 bilhões, entre os anos de 2019 e 2024, foi revelado na Operação Sem Desconto, conduzida pela PF em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU).
“O caso expõe falhas graves na escolha de aliados e repete velhos vícios do governo, onde interesses políticos se sobrepõem à ética e à boa gestão pública”, disse o deputado federal Messias Donato (PL-ES).
O vice-líder da Oposição, deputado Sanderson (PL-RS), afirmou que o escândalo do INSS é um reflexo da gestão do PT: “aposentados passando necessidade, enquanto aliados do Governo Lula enriquecem às custas do sofrimento alheio”.
“Vou exigir uma investigação rigorosa e a consequente punição de todos os envolvidos nesse esquema de corrupção, porque toda punição para ladrões do dinheiro público é pouco, considerando a desgraça que causam à população como um todo”, criticou.
Na mesma linha, o também vice-líder deputado Rodrigo Valadares (União-SE) afirmou: “Enquanto o cidadão comum espera meses por um benefício, o governo esquerdista some com bilhões. Isso é corrupção institucionalizada. O Congresso precisa agir. As investigações direcionam para um esquema nível Lava-Jato — com o agravante de roubar o dinheiro dos idosos e aposentados. O Brasil exige respostas!”
Já o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) avaliou o caso como “revoltante” e disse que o INSS “virou alvo de uma quadrilha que age sob o nariz de um governo conivente”.
“O rombo é bilionário, e o prejuízo atinge quem mais precisa. É um escândalo que mostra o nível de desgoverno e corrupção institucional que o Brasil voltou a enfrentar sob Lula. Vamos cobrar punição exemplar e respostas urgentes.”, disse Nogueira.
Em discurso no plenário da Câmara, o deputado Alberto Fraga (PL-DF) chamou Lula de “criminoso” e disse que “em qualquer país sério, com um escândalo desse tamanho, o governo já teria caído”.
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Denúncias sobre o INSS
Desde o início do ano passado, vieram à tona algumas irregularidades no pagamento de benefícios por parte do INSS e os parlamentares cobravam explicações do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a longa fila de aposentados, aguardando o pagamento do benefício.
No ano passado, uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que o INSS pagou R$ 1,1 bilhão indevidamente em benefícios por ano. O relatório apontou atrasos e deficiências no Monitoramento Operacional de Benefícios (MOB) do instituto, responsável por apurar indícios de irregularidades e que tem prolongado o problema segundo a Corte.
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), voltou a acionar o TCU para investigar a interrupção na divulgação do Boletim Estatístico da Previdência Social (BEPS). Segundo o parlamentar, a ausência da publicação do BEPS compromete a transparência na gestão previdenciária, prejudicando a fiscalização das contas públicas e dificultando a elaboração de estudos e políticas baseadas em dados concretos.
Com a revelação dos desvios no INSS, Marinho afirmou pela rede X: “Os mesmos métodos, os mesmos personagens … o PT não esqueceu nada …. E não aprendeu nada”.
Em fevereiro deste ano, a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) apresentou um requerimento de informação ao Ministério da Previdência Social, cobrando explicações do ministro Carlos Lupi sobre “as denúncias de descontos indevidos nas contas dos aposentados”.
Nesta quarta, a deputada ressaltou que ainda não teve retorno sobre as informações e ressaltou que a “a resposta virá em breve com os recentes acontecimentos”. Zanatta também cobrou uma solução para a fila - que supera 2 milhões de aposentados. “Lula prometeu resolver, mas até agora nada”, acrescentou.
“Outra coisa que me intriga sobre o INSS é que as empresas de empréstimos consignados sabem antes da aposentadoria do que o cara que se aposentou e ficam ligando, ligando e ligando oferecendo crédito “fácil”, disse a deputada.
