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Câmara dos Deputados

Oposição pressiona Motta pelo avanço da anistia, CPI do INSS e derrubada do aumento do IOF

Reunião da bancada da oposição com o presidente da Câmara, Hugo Motta, nesta terça-feira (27). (Foto: Apolos Neto/ Assessoria Zucco)

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Após reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, nesta terça-feira (27) o líder da oposição, Zucco, afirmou aos jornalistas que a bancada cobrou o avanço de três pautas prioritárias: a votação da anistia para os presos dos atos de 8 de janeiro, a instalação de uma CPI ou CPMI para investigar irregularidades no INSS e a derrubada do aumento do IOF, anunciado sem diálogo entre o Banco Central e o governo federal.

Sobre a anistia, a oposição cobrou a designação de um relator ao projeto para chegar a um consenso sobre o texto final da proposta. Zucco disse que muitos dos detidos no episódio do 8 de janeiro não cometeram crimes e precisam ser anistiados.

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"Quem depredou patrimônio público deve ser responsabilizado, mas não podemos mais aceitar que pessoas continuem presas sem justa causa", afirmou. Ele também destacou que o presidente Hugo Motta se comprometeu a dialogar com o Senado para viabilizar um texto consensual.

Em relação ao INSS, o líder da oposição cobrou a abertura de uma comissão parlamentar para apurar denúncias de irregularidades e sugeriu que o deputado Coronel Crisóstomo assuma a presidência do colegiado. “O Brasil quer debater o INSS, e a Casa não pode ficar inerte”, afirmou.

Derrubada do aumento do IOF

Acerca do aumento do IOF, anunciada pelo governo na última semana, Zucco informou que apresentou um PDL para sustar o decreto sobre o assunto. Segundo ele, Motta está “incomodado” com a medida econômica e a urgência da proposta será debatida na próxima reunião de líderes. O parlamentar garantiu que o projeto já conta com o apoio de pelo menos outros quatro líderes.

Zucco também criticou a decisão do Banco Central de aumentar a alíquota do IOF, classificando a medida como um "confisco" que poderá gerar um impacto de até R$ 40 bilhões até 2026. "Não houve diálogo com a equipe econômica do ministro Fernando Haddad, e essa decisão pode ter sérias consequências para a economia e para os brasileiros", concluiu.

Censura e Big Techs na pauta: pedido de comissão geral na Câmara

Além das pautas econômicas e da anistia, Zucco revelou que a oposição está articulando a realização de uma comissão geral na Câmara com representantes das Big Techs – como Meta, Facebook e Instagram – para debater os limites da regulamentação das redes sociais e garantir a liberdade de expressão. A proposta é realizar a reunião já na próxima quinta-feira.

Zucco afirmou que existe uma preocupação crescente com possíveis restrições à atuação de parlamentares e da imprensa. “Todos somos contra golpes ou crimes, mas não podemos permitir a censura à nossa voz ou à imprensa. Se o projeto que está sendo debatido no Supremo Tribunal Federal avançar, daqui a pouco ninguém mais poderá se posicionar”, declarou.

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