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Avaliação de Lula

Desaprovação ao governo Lula dispara e ultrapassa aprovação, diz nova pesquisa

Lula
Nova rodada da CNT/MDA aponta aumento da reprovação a Lula na comparação com pesquisa de novembro do ano passado. (Foto: reprodução/Canal Gov)

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Uma nova rodada de avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgada nesta terça (25) aponta uma disparada da desaprovação a ele: 44% a 29%.

Esta é a primeira vez que a pesquisa conduzida pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) com o instituto MDA aponta uma desaprovação maior que a aprovação neste terceiro mandato de Lula:

  • Negativa: 44%;
  • Positiva: 29%;
  • Regular: 26%.

A CNT/MDA entrevistou 2.002 pessoas presencialmente e domiciliar entre os dias 19 e 23 de fevereiro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

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Os índices apurados nesta pesquisa superam os do último levantamento realizado em novembro do ano passado, quando a avaliação negativa era de 31% e a positiva de 35%. No começo do governo, na apuração de maio de 2023, era de 43% de aprovação e 25% de reprovação.

Na extração dos dados, o governo de lula tem uma alta avaliação péssima:

  • Ótimo: 9,3%;
  • Bom: 19,4%;
  • Regular: 26,3%;
  • Ruim: 12%;
  • Péssimo: 32%;
  • Não sabe/não opinou: 1%.

Na somatória dos índices, ótimo/bom alcançou 28,7%, e 44% de ruim/péssimo. Outras pesquisas recentes também registraram uma alta reprovação, como a realizada pelo Paraná Pesquisas, pela Atlas Intel e pela Quaest.

Na comparação com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula tem 8 pontos percentuais a mais de reprovação aos dois anos de mandato. O desempenho neste terceiro mandato também contrasta com o verificado no mesmo período em seus dois governos anteriores:

  • Fevereiro de 2005: 42% de avaliação positiva, 40% regular e 14% negativa;
  • Março de 2009: 62% positiva, 29% regular e 8% negativa.

Já a avaliação pessoal de Lula, a desaprovação também já supera a aprovação em 55,3% a 40,5%, e 4,2% dos entrevistados não souberam ou não responderam. Na pesquisa de novembro de 2024, esses índices eram de 46% a 50%, respectivamente.

Essas avaliações negativas preocupam o governo, que está correndo atrás de alternativas para conter a sangria da popularidade de Lula. A primeira opção foi mudar o comando da Secretaria de Comunicação Social (Secom), no mês passado, com a substituição de Paulo Pimenta pelo publicitário Sidônio Palmeira.

Ele adotou um novo tom mais bélico na comparação com governos passados – principalmente o de Bolsonaro – e colocou Lula para falar mais à população, com constantes entrevistas coletivas no Palácio do Planalto e a emissoras de rádio nas cidades onde fará anúncios de investimentos.

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Também já fez um pronunciamento oficial à nação na noite de segunda (24) para anunciar o início do pagamento do programa Pé de Meia e a ampliação da isenção de custos em medicamentos do Farmácia Popular. A expectativa é de que a cadeia nacional de rádio e televisão seja utilizada pelo menos a cada 15 dias para o governo se comunicar com a população.

O uso do instrumento oficial já é visto com ressalvas pelo meio de mídia e pela oposição, por Lula já estar de olho na campanha eleitoral do ano que vem, que ele deve concorrer à reeleição – embora negue que pense nisso neste momento.

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