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Durante participação no Primeiro Seminário de Comunicação do Partido Liberal (PL), em Brasília, nesta quinta-feira (20), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que só se fala no risco de uma eventual prisão, mas que não está preocupado com isso.
“Para mim, seria muito mais fácil estar do outro lado junto com a dona Michelle, aproveitando a vida. Não poderia continuar vendo o meu país se deteriorar, se acabar, se afundar. Um país onde se rouba a esperança do seu povo. O tempo todo: ‘Vamos prender o Bolsonaro’. Caguei para prisão”, afirmou o ex-presidente em seu discurso.
Esta foi a primeira vez que Bolsonaro se pronunciou publicamente depois da denúncia apresentada pelo procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, contra o ex-presidente e mais 33 pessoas por suposta “trama golpista”.
Em referência à Operação Lava Jato, Bolsonaro lembrou que pessoas que foram condenadas a devolver bilhões estão soltas, mesmo depois de confessarem os crimes.
"Alguns acham 'ah, fica quieto', [mas] não tem como ficar quieto perto do estuprador. Se ficar quieto, vai adiantar alguma coisa ou vai dar mais prazer ainda [para o estuprador]?", continuou o ex-presidente.
Veja o momento da fala do ex-presidente.
Denúncia da PGR
Bolsonaro disse que não há nada contra ele na denúncia da PGR, apenas narrativas.
"Investiram pesadamente nesta última, golpe. Geralmente quem dá golpe é quem ganha, o golpista não perde, ou se perde, ele está lascado. O duro é quando você é golpeado e te acusam de dar golpe. Devem ter prazer, né, 38 anos de cadeia", disse.
O ex-presidente também criticou o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Sem citar o nome do magistrado, Bolsonaro disse que o ministro é o “rei dos inquéritos” e o chamou de “semideus”.
Próximas eleições
Bolsonaro voltou a questionar a lisura da eleição de 2022 e criticou a política econômica do governo Lula.
O ex-presidente ainda reforçou o chamado para as manifestações do dia 16 de março em favor da anistia dos presos do 8 de janeiro e pelo impeachment de Lula.
Sem mencionar eventual candidatura à Presidência, Bolsonaro disse: "Para 2026, me deem 50% da Câmara dos Deputados e 50% do Senado que eu mudo o destino do Brasil”.
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