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De acordo com uma pesquisa do instituto Gerp, divulgada nesta terça-feira (29), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) venceria o presidente Lula (PT) se a eleição presidencial programada para 2026 fosse antecipada. De acordo com o levantamento, Bolsonaro teria 37% dos votos, contra 30% do petista.
Bolsonaro aparece à frente de Lula desde a primeira rodada da pesquisa, em janeiro deste ano, quando registrou 34% das intenções de voto, contra 28% de Lula. Em fevereiro, a pesquisa registrou 41% para Bolsonaro e 25% para Lula. No mês seguinte, o ex-mandatário manteve o percentual e Lula subiu para 26%.
Como a margem de erro é de 2,24 pontos percentuais para mais ou para menos, Bolsonaro aparece como vencedor em todas as quatro rodadas do levantamento.
A pesquisa divulgada nesta terça-feira foi realizada entre os dias 21 e 25 de abril. Foram entrevistados 2.000 eleitores com idade a partir dos 16 anos em 160 municípios dos 26 Estados e Distrito Federal. O intervalo de confiança é de 95,55%.
Embora com uma margem menor, Bolsonaro também aparece na dianteira na pesquisa espontânea, quando o entrevistador não apresenta opções para o entrevistado. O ex-presidente tem 23% das intenções de voto, contra 18% de Lula.
Na pesquisa estimulada, Ciro Gomes (PDT) aparece em terceiro lugar com 7% das intenções de voto. Em seguida, aparecem Pablo Marçal, com 4%; Ratinho Jr. e Romeu Zema, com 3%; e Ronaldo Caiado, com 3%.
Lula venceria com folga em quase todos os cenários sem Bolsonaro
Em um cenário sem o ex-presidente Jair Bolsonaro, o presidente Lula venceria os demais concorrentes com folga. O petista aparece com 30% das intenções de voto, contra 19% do segundo lugar, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Em seguida, aparecem Pablo Marçal e Ciro Gomes, com 9%; Ratinho Jr., com 7%; Romeu Zema e Ronaldo Caiado, com 4%.
Em outro cenário, sem Bolsonaro e Tarcísio, Lula aparece com 29%, contra 18% do segundo lugar, o deputado e filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
A distância entre Lula e o segundo lugar diminui quando é testado o nome da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que teria 27% dos votos, contra 29% do petista. Tecnicamente, os dois aparecem empatados.
Sem Lula, Bolsonaro venceria com folga
Na simulação sem o presidente Lula, Bolsonaro venceria o segundo lugar com folga. O ex-presidente aparece com 36%, contra 15% de Ciro Gomes.
À exceção de Michelle, eventuais substitutos de Bolsonaro teriam dificuldades para vencer a disputa, mesmo sem Lula.
Tarcisio aparece empatado tecnicamente com Ciro Gomes. O governador tem 21% das intenções de voto, contra 17% do pedetista. O deputado Eduardo Bolsonaro também aparece empatado tecnicamente, porém, com uma margem ainda menor. Eduardo tem 19%, contra 18% de Ciro Gomes.
A ex-primeira-dama venceria Ciro com folga. Michelle aparece com 28% das intenções de voto, contra 18% do pedetista no cenário sem Bolsonaro e Lula.
Substituto de Bolsonaro
Questionados sobre quem deveria substituir o ex-presidente Bolsonaro na disputa, caso ele continue inelegível, 30% dos eleitores citaram o nome do governador Tarcísio de Freitas; 26% disseram preferir Michelle e 9% votaram em Eduardo Bolsonaro. Outros 26% disseram que não escolheriam “nenhum deles”.
Substituto de Lula
Questionados sobre quem deveria substituir o presidente Lula, caso o petista não seja candidato, 22% votaram no ministro da Fazenda, Fernando Haddad; 16% disseram preferir o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino; 10% dos entrevistados citaram o nome da ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann; e 41% dos eleitores disseram que não escolheriam “nenhum deles”.
Avaliação do governo Lula
O governo do presidente Lula foi desaprovado por 57% dos entrevistados e aprovado por 33%.
39% dos eleitores classificaram o trabalho de Lula como “péssimo”. Outros 13% acham o trabalho de Lula “ruim”; 21% consideram “regular”, 17%, “bom” e 8%, “ótimo”.
52% dos eleitores acham que o presidente Lula vem realizando um trabalho “negativo”. 21% consideram o trabalho “regular” e 25% acham o trabalho “positivo”.
Anistia do 8 de janeiro
Quando questionados sobre a possibilidade de anistia aos envolvidos nos protestos anti-Lula do dia 8 de janeiro de 2023, o resultado ficou empate. 40% dos entrevistados mostraram-se favoráveis à anistia. O mesmo percentual disse ser contra.
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