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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu a anistia dos condenados pelo 8 de janeiro antes do ato programado em favor do movimento que será realizado neste domingo (6) na avenida Paulista, na cidade de São Paulo (SP). Na avaliação de Bolsonaro - que pode reverter a inelegibilidade para as eleições de 2026, caso o PL da Anistia seja aprovado pelo Congresso Nacional - a pressão popular é fundamental para acelerar a tramitação na Câmara dos Deputados.
“A pressão do povo funciona. Quando você compartilha, denuncia e se une a milhões de outros brasileiros para se manifestar contra a injustiça, o autoritarismo recua. Por isso, neste domingo, 6 de abril, todos na Avenida Paulista”, disse o ex-presidente da República, ao comentar o caso da missionária Eliene Amorim de Jesus.
Ela deixou a prisão nesta sexta-feira (4) após mais de dois anos de detenção por participação no ato de 8 de janeiro de 2023, em Brasília (DF), e passará a responder o processo conduzido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em liberdade, sob monitoramento de uma tornozeleira eletrônica.
“Essa ainda não é a liberdade que ela merece. Mas é uma pequena vitória. E é importante reconhecer: ela só aconteceu porque o caso foi exposto, denunciado e ganhou as redes”, comentou Bolsonaro. Em nota, o advogado Hélio Júnior confirmou que o alvará de soltura da missionária foi assinado por Moraes.
O ex-presidente também lembrou do caso da cabeleireira Débora Rodrigues e do empresário baiano Cleriston Pereira da Cunha, o Clezão, que morreu vítima de um mal súbito na Penitenciária da Papuda, em 2023.
Às vésperas de ato pela anistia, Bolsonaro diz que espera resposta do Congresso
Durante a abertura da feira agropecuária de Londrina (PR), a ExpoLondrina, Bolsonaro declarou que sofre perseguição política e que foi condenado por um encontro com embaixadores. Ele afirmou que aguarda um posicionamento do Congresso Nacional sobre o PL da Anistia. O partido do ex-presidente chegou a ameaçar a obstrução da pauta na Câmara dos Deputados, caso o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos) não coloque o projeto de lei em votação.
“Eu tenho certeza que o Parlamento vai dar a devida resposta para a anistia desses que estão presos injustamente e também para a questão política, futuramente. O Parlamento deve dar a devida resposta para aqueles que ousam tirar do páreo quem tem condições de vencer a esquerda”, declarou o ex-presidente, que foi acompanhado ao evento pelo governador Ratinho Junior (PSD).
O mandatário paranaense é um dos governadores que aparecem entre os pré-candidatos a presidente em 2026 como representante da direita, se a inelegibilidade de Bolsonaro for mantida. Ratinho Junior viaja aos Estados Unidos neste domingo, mas deve participar do evento pela anistia na avenida Paulista antes do embarque para a agenda internacional.
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