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Brasileirão

Brasileirão em qual canal? Como a “guerra” das tevês atinge as transmissões

(Foto: Albari Rosa/Arquivo/Gazeta do Povo)

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O Brasileirão 2020 também terá uma peculiaridade na cobertura de televisão. Pela primeira vez em 25 anos, desde a guerra entre SporTV e ESPN, existe uma pendência jurídica em relação aos direitos de transmissão.

O problema surgiu com a edição Medida Provisória 984 pelo presidente Jair Bolsonaro, em junho. A partir dela, a decisão sobre quem transmite determinado evento esportivo passou a ser o seu mandante. Antes da MP, o direito era dividido entre os dois times participantes.

Ou seja, a medida possibilita que a Turner, dona do canal TNT, aumente significativamente seu leque de jogos na TV fechada. De 56 partidas, o canal ganhou 152 opções, podendo transmitir no máximo 76 jogos. A empresa, que tentava rescindir o contrato com os oito clubes parceiros (Athletico, Bahia, Ceará, Coritiba, Fortaleza, Internacional, Palmeiras e Santos), reviu a posição para essa temporada.

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Mas não será simples. O entendimento da Globo é que a MP não tem validade para contratos antigos. A emissora já foi à Justiça para impedir qualquer transmissão envolvendo clubes com quem tem vínculo exclusivo no canal fechado SporTV.

“Me parece que as duas empresas estão prontas para a guerra, e isso vai afetar de forma direta o telespectador”, explica o jornalista do UOL Gabriel Vaquer, especialista em cobertura de televisão.

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“Ele não vai saber com antecedência qual jogo vai assistir, nem onde. Vai ter que ficar atento às notícias, ao guia programação da TV a cabo. Pode ser que duas horas antes de um jogo saia uma liminar em cima da hora. E aí vai ter que assinar o Premiere [pay-per-view] para ver”, completa Vaquer. Apenas o Athletico não têm contrato válido para o Premiere, o que significa que qualquer partida envolvendo o time não é exibida no PPV.

Dos 18 jogos programados pela TNT para as primeiras dez rodadas do Brasileirão, 12 fazem uso da MP, cuja validade é de até 120 dias. O polêmico tema tem sido debatido na Câmara e no Senado para virar lei antes que a medida provisória caduque. Dos 20 clubes da Série A, apenas quatro não apoiam a iniciativa.

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