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Risco de colapso

“Brasil assiste passivamente à falência dos Correios”, alerta senador

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O senador lembrou que em 2023 o déficit dos Correios foi de R$ 440 milhões e, em 2024, chegou a R$ 3,2 bilhões, metade do rombo das estatais (Foto: Marcelo Andrade/Arquivo/Gazeta do Povo)

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Em pronunciamento nesta terça-feira (1), o senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) alertou para o risco de falência dos Correios. Pontes destacou que a atual gestão da estatal acumulou prejuízos significativos após anos de resultados positivos.

O senador lembrou que em 2023 o déficit da empresa foi de R$ 440 milhões e, em 2024, chegou a R$ 3,2 bilhões, representando metade dos prejuízos das estatais federais.

“O cenário é dramático. Transportadoras terceirizadas, responsáveis por sustentar a espinha dorsal da distribuição postal no Brasil, relatam mais de 60 dias sem receber pagamentos regulares. Os Correios passaram a pagar parcialmente, 5%, 10%, até mesmo 1% dos valores devidos, sem explicações formais, sem cronograma de regularização, sem qualquer nota oficial ou transparência por parte da presidência da empresa”, afirmou o senador.

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Para Pontes, o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, precisa prestar contas publicamente sobre a situação da empresa. 

Nesta terça, as empresas que prestam serviço de transporte para os Correios deram início a uma paralisação por tempo indeterminado. As empresas reclamam de atrasos nos pagamentos.

Senador quer atuação conjunta para impedir colapso

Pontes quer que o Ministério das Comunicações, o Congresso Nacional e o Tribunal de Contas da União (TCU) interfiram para impedir a paralisação logística da estatal.

O senador também expressou a intenção de convocar uma audiência pública para debater a situação dos Correios.

“Os Correios não são uma simples empresa, são um instrumento de coesão territorial, inclusão social e desenvolvimento econômico. Permitir que sua derrocada avance dessa forma é comprometer a soberania logística nacional, é entregar à falência um patrimônio de mais de 350 anos de história. É preciso agir, e com urgência. Não podemos permitir que, por má gestão, desorganização e silêncio institucional, o Brasil assista passivamente à falência dos Correios e, quero lembrar, com ela, à falência também de milhares de famílias que hoje sustentam a malha logística do país”, disse o parlamentar.

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