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Série do Max

“A Queda de P. Diddy” confirma: rapper é um monstro e traumatizou muita gente

A série do Max conta a história do rapper desde a infância até a prisão no ano passado
A série do Max conta a história do rapper desde a infância até a prisão em 2024 (Foto: Divulgação Max)

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No ano passado, o mundo aprendeu a odiar P. Diddy. O rapper e empresário nascido Sean Combs fechou 2024 no xilindró, após um acúmulo de denúncias de abusos e tráfico sexual, turbinadas por cenas dele agredindo a então namorada Cassie próximo a um elevador de hotel. A Queda de P. Diddy, série em cinco episódios lançada pelo Max há poucas semanas, reforça todas as acusações e confirma: não há nada para admirar no autor do hit I’ll Be Missing You (autor numas, porque se não fosse a base de Every Breath You Take, do The Police, a música não teria ido para o topo das paradas).

O produto documental é uma coletânea de podres do figurão do showbusiness. No primeiro episódio, são apresentados comportamentos erráticos desde sua época de faculdade, que já anunciavam um camarada sem escrúpulos para bater em mulher e incapaz de ouvir não. Conforme se destacava na cena hip hop dos anos 1990, Diddy (então conhecido como Puff Daddy) ficava cada vez mais insuportável, chegando a invadir a redação de uma revista de cultura negra para interferir na foto escolhida para ser capa da publicação. A editora do veículo narra o fato na atração do Max, admitindo que bloqueou sua memória do ocorrido e seguiu interagindo com o rapper em festas e eventos.

Ao longo da ascensão de Sean Combs, muitas foram as figuras que como a editora da revista relevaram ou fecharam os olhos para seus comportamentos reprováveis. No segundo capítulo de A Queda de P. Diddy, há o relato do tiroteio protagonizado por ele em uma boate ao lado de um jovem talento contratado por sua gravadora. Um dos projéteis da arma de Diddy feriu uma frequentadora na cabeça, mas com a ajuda de grandes advogados, ele conseguiu se safar de cumprir pena. Já seu pupilo, que não contou com uma defesa de mesmo vulto, foi em cana.

Calígula do hip hop

Já menos ativo musicalmente – sendo que ele nunca foi um artista de grande talento musical –, Diddy saiu dessa encrenca na boate decidido a se engajar em causas sociais e a engrossar o coro dos que pedem para que o jovem americano vá votar. Há cenas no terceiro capítulo de Barack Obama elogiando a disposição de Diddy em ser uma voz atuante na política do país. Enquanto isso, o número de relacionamentos com desfechos lamentáveis só aumentava em seu currículo. A ex Jennifer Lopez é poupada pela série, assim como celebridades como Ashton Kutcher e Justin Bieber, que teriam participado de orgias organizadas pelo rapper.

O foco do quarto episódio é todo nas festas “freak off”, nome dado por Diddy para os bacanais organizados por ele, sempre envolvendo muitas drogas e pessoas fora do juízo realizando fetiches do anfitrião. Cassie, a cantora espancada no hotel, teria sido obrigada a se relacionar com outros homens para satisfazer Diddy, conforme relatos confirmados por depoimentos para a série. Várias pessoas que trabalharam diretamente com o empresário e foram cúmplices dos atos atestam o caráter sórdido dos convescotes.

Rapper organizava festas chamadas de freak off, em que muitas drogas eram consumidasO rapper organizava festas chamadas de freak off, em que muitas drogas eram consumidas (Foto: Divulgação)

O quinto e último episódio é mais curto do que os demais, mas não menos impactante. Ele traz o depoimento de um assistente de Diddy que era responsável desde arrumar as drogas e os óleos de bebês para lubrificar as surubas, até por cuidar das limpezas dos quartos findadas as aventuras sexuais. Assim como outros depoentes, todos muitos treinados para as entrevistas, o assistente tem o seu momento de choro e arrependimento por ter se envolvido com o Calígula moderno. A palavra mais usada para descrever o comportamento do artista é “monstro”. Quem consegue atravessar as três horas e meia de A Queda de P. Diddy não fica com a menor dúvida de que ele é isso mesmo, além de reforçar a torcida para que esse pervertido nunca mais deixe o cárcere.

  • A Queda de P. Diddy
  • 2025
  • Cinco episódios
  • Indicado para maiores de 16 anos
  • Disponível no Max

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