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Escândalos sexuais

“House of Hammer” expõe histórico da família que patrocinou o comunismo nos EUA

Armie Hammer, ator famoso, cujos escândalos sexuais são apresentados em documentário do Max
Armie Hammer tem seus escândalos sexuais revelados em produção documental do Max (Foto: Divulgação Max)

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A série documental House of Hammer, disponível no Max, lança luz sobre um dos casos mais simbólicos da degeneração moral que frequentemente acompanha elites ligadas à esquerda globalista. Com apenas três episódios, a produção dirigida por Elli Hakami e Julian P. Hobbs não apenas destrincha os escândalos sexuais envolvendo o ator Armie Hammer, mas também remexe o passado sombrio de sua família — um clã profundamente conectado ao Partido Comunista dos Estados Unidos e aos interesses soviéticos desde o início do século XX.

A sequência de relatos envolvendo as vítimas serve como um espelho da hipocrisia progressista que, enquanto posa de defensora das minorias e dos direitos humanos, convive historicamente com abusos, crimes e corrupção estrutural. O roteiro de começa com a avalanche de acusações contra Armie Hammer, que incluem abuso sexual, canibalismo e manipulação psicológica. Os depoimentos de ex-parceiras, como Courtney Vucekovich, expõem uma face brutal e doentia do galã hollywoodiano. Sua tia, também vítima dos horrores da família, uma das entrevistadas, confirma a gravidade dos fatos. 

No entanto, o verdadeiro valor da série está no que revela além do escândalo midiático: a estrutura familiar de poder, impunidade e ideologia totalitária que moldou não apenas Armie, mas várias gerações de Hammers. Nesse sentido, a série vai além da pauta de fofoca e escancara como o comunismo, longe de ser uma filosofia redentora, foi e continua sendo o berço de muitos monstros sociais. 

Um legado de sangue e hipocrisia

O passado do tataravô de Armie, Julius Hammer (1874-1948), é revelador. Médico e fundador do Partido Comunista dos Estados Unidos, Julius foi condenado por homicídio culposo ao realizar um aborto que matou uma mulher — um crime abafado pelas redes de influência que ele e sua família mantinham junto aos círculos de poder.

Já Armand Hammer (1898–1990), bisavô do ator e magnata da Occidental Petroleum, ilustra como a aliança entre capital e comunismo pode ser usada como instrumento de dominação. Conhecido como “o capitalista escolhido por Lenin” — título que por si só revela muito sobre essa promiscuidade ideológica —, Armand utilizava seus lucros e conexões com a União Soviética para influenciar diretamente a política americana. Não por acaso, chegou a financiar a carreira de Al Gore e a liderar iniciativas de “diplomacia cidadã” em favor dos interesses soviéticos.

Armie Hammer, ator conhecido, vê seus escândalos sexuais revelados em produção documental da HBO MaxEm "House of Hammer" aparece a foto de Armand Hammer segurando no colo seu neto, o ator Armie Hammer. (Foto: Arquivo/ divulgação HBO Max)

Diante da conivência sistemática com os abusos, a crítica se torna inevitavelmente política. A esquerda contemporânea, que tanto prega o feminismo e os direitos das mulheres, silencia sobre figuras históricas ligadas ao comunismo cuja biografia está manchada de sangue — literalmente.

A defesa do aborto, como ferramenta de controle populacional, teve no comunismo um de seus principais laboratórios ideológicos. Julius Hammer realizou abortos ilegais. Armand Hammer foi cúmplice de regimes assassinos. E, hoje, Armie Hammer representa a culminação de um legado familiar que mistura ideologia totalitária com perversões pessoais. Há coerência na tragédia.

Quando a cultura esquece quem são seus verdadeiros vilões

A recepção crítica da série, embora mista, deixa claro que seu impacto emocional é inegável. Os relatos das vítimas de Armie Hammer são brutais, e a exposição de décadas de abuso familiar fornece um retrato doentio da elite progressista.

Entretanto, muitos críticos se esquivam de aprofundar o vínculo entre essa elite e o comunismo — um silêncio revelador, talvez motivado por conveniência ideológica. O documentário, ainda que por vezes sensacionalista, presta um serviço ao evidenciar como o poder corrompe, especialmente quando blindado por discursos utópicos.

O simbolismo do nome de Armie, inspirado em “arm and hammer” — braço e martelo, símbolo do Socialist Labor Party — é a cereja nesse bolo amargo. O ícone comunista foi estampado na identidade da família como um brasão de orgulho, ignorando os corpos e as consciências que esse símbolo esmagou ao longo do século XX.

O véu ideológico que encobre abusos

House of Hammer, portanto, vai muito além de uma simples série sobre escândalos sexuais. Trata-se de uma janela reveladora para a face real de uma esquerda que, enquanto se apresenta com discursos humanistas, muitas vezes sustenta redes silenciosas de opressão, decadência moral e abandono sistemático dos mais vulneráveis — especialmente das mulheres que diz proteger.

Em tempos de revisionismo histórico e cultura do cancelamento seletivo, House of Hammer se apresenta como um lembrete incômodo, mas necessário, de que muitos dos ditos “protetores do povo” carregam esqueletos em seus armários — e não poucos. As mulheres vitimadas por homens como Armie Hammer são o testemunho vivo de que o comunismo, além de falho em teoria, é desastroso na prática quando se trata de proteger a dignidade humana. E a cultura que o exalta, seja em Hollywood ou nas universidades, tem mais sangue nas mãos do que admite.

  • House of Hammer
  • 2022
  • 3 episódios
  • Indicado para maiores de 16 anos
  • Disponível no Max

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